A cirurgia de aumento de mamas com prótese de silicone é um dos procedimentos estéticos mais realizados no Brasil e no mundo. No entanto, nem todas as mulheres são indicadas para esse tipo de cirurgia. E quem não pode colocar silicone? Embora o procedimento seja seguro e tenha se tornado amplamente acessível, existem várias condições de saúde e fatores individuais que podem tornar o uso de prótese de silicone inadequado ou perigoso para algumas pessoas.
Este artigo tem como objetivo esclarecer quem não pode colocar silicone, abordando as condições médicas, os cuidados pré-operatórios e os fatores de risco que devem ser considerados antes de decidir realizar a cirurgia de aumento mamário.
Quem é o Candidato Ideal para a Cirurgia de Silicone?
Antes de falarmos sobre as condições em que a cirurgia não é indicada, é importante entender quem é o candidato ideal para a colocação de prótese de silicone. A cirurgia é indicada para mulheres que desejam aumentar o volume das mamas ou melhorar o contorno da região mamária, seja por razões estéticas ou após alterações como gravidez, amamentação ou perda de peso.
As candidatas ideais para essa cirurgia devem atender aos seguintes critérios:
- Estar em boa saúde geral e não apresentar doenças graves ou complicações médicas.
- Ter seios desenvolvidos, ou seja, ter atingido a maturidade corporal.
- Possuir expectativas realistas sobre os resultados da cirurgia.
- Não estar grávida ou amamentando no momento da cirurgia.
Além disso, as pacientes devem ser avaliadas psicologicamente para garantir que estão tomando a decisão por motivos pessoais e não como resultado de pressões externas ou distúrbios de imagem.
Condições Médicas que Impedem a Cirurgia
Existem várias condições médicas que podem contraindicar a cirurgia de silicone. Pacientes que sofrem de certas doenças ou condições podem não ser indicados para esse tipo de procedimento devido ao risco de complicações durante ou após a cirurgia. Vamos abordar as principais condições que podem impedir uma pessoa de realizar a cirurgia de aumento mamário com prótese de silicone:
1. Doenças Autoimunes
Doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide e esclerose múltipla, podem afetar a capacidade do corpo de se curar adequadamente após a cirurgia. Pacientes com essas condições têm um risco maior de complicações pós-operatórias, como infecções e problemas com a cicatrização. Além disso, o uso de medicamentos imunossupressores pode interferir na recuperação.
Por essa razão, pessoas com doenças autoimunes devem consultar seu médico especialista e cirurgião plástico para avaliar se a cirurgia de silicone é viável no seu caso.
2. Problemas Cardiovasculares
Pessoas com doenças cardiovasculares graves, como insuficiência cardíaca, hipertensão descontrolada ou histórico de infarto, podem ter um risco maior durante o procedimento cirúrgico. A anestesia geral, utilizada na maioria dos procedimentos de aumento de mamas, pode sobrecarregar o sistema cardiovascular de pacientes com problemas cardíacos.
É importante que o cirurgião plástico faça uma avaliação cuidadosa e que o cardiologista autorize a realização da cirurgia, garantindo que a saúde cardiovascular da paciente esteja estável e adequada para o procedimento.
3. Diabetes Descontrolado
Pacientes com diabetes descontrolado têm um risco maior de complicações durante a recuperação. O diabetes pode prejudicar a circulação sanguínea e a cicatrização das feridas, aumentando o risco de infecções. Se a diabetes não estiver bem controlada, a cirurgia de silicone pode ser desaconselhada.
Se a paciente tiver diabetes, ela deve garantir que os níveis de glicose estejam bem controlados antes de realizar a cirurgia. O cirurgião também pode exigir exames específicos para avaliar a função renal e a circulação sanguínea.
4. Infecções Ativas ou Doenças Infecciosas
Se a paciente estiver com infecção ativa, seja em qualquer parte do corpo, a cirurgia de silicone é contraindicada. A presença de infecções, como infecção urinária ou respiratória, pode prejudicar a recuperação e aumentar o risco de complicações pós-operatórias. Além disso, a cirurgia de silicone pode agravar infecções já existentes, tornando o processo de cicatrização mais difícil.
5. Problemas de Coagulação
Pacientes com distúrbios de coagulação, como hemofilia ou trombofilia, podem não ser indicadas para a cirurgia de silicone. Esses distúrbios aumentam o risco de sangramentos excessivos durante e após o procedimento. O cirurgião plástico deve realizar exames de coagulação antes de operar para garantir que a paciente não tenha contraindicações nesse sentido.
Fatores Psicossociais que Podem Influenciar a Decisão
Além das condições médicas, é essencial considerar os fatores psicossociais ao decidir realizar a cirurgia de silicone. A pressão externa ou a busca por padrões estéticos irreais pode levar a uma escolha precipitada ou a expectativas irreais sobre os resultados da cirurgia.
Algumas condições psicológicas podem aumentar o risco de complicações, como transtornos de imagem corporal (dismorfia corporal), transtornos alimentares, depressão e ansiedade. Pacientes com esses transtornos podem não ter uma avaliação realista dos resultados e podem não se sentir satisfeitas após o procedimento, o que pode gerar insatisfação e arrependimento.
1. Dismorfia Corporal
A dismorfia corporal é um transtorno psicológico caracterizado pela preocupação excessiva com defeitos imaginários ou mínimos no corpo. Pacientes com esse transtorno podem acreditar que possuem imperfeições físicas significativas que precisam ser corrigidas, o que pode levar à busca por múltiplos procedimentos estéticos. Nesse caso, a cirurgia de silicone pode não ser a solução, já que a insatisfação contínua pode persistir após o procedimento.
2. Transtornos Alimentares
Pacientes com transtornos alimentares, como anorexia ou bulimia, podem ter uma visão distorcida de seu corpo e, portanto, podem não ser as melhores candidatas para a cirurgia de silicone. O comportamento de restrição alimentar ou purgação pode afetar negativamente o processo de recuperação e o sucesso da cirurgia.
Idade Ideal para Colocar Silicone
A idade mínima para realizar a cirurgia de aumento de mamas com prótese de silicone é de 18 anos, pois é quando o corpo da mulher está completamente desenvolvido. No entanto, não há uma idade máxima específica para realizar a cirurgia, embora o risco aumente à medida que a pessoa envelhece, especialmente se houver outros problemas de saúde associados.
Mulheres acima dos 50 anos podem se submeter à cirurgia, mas é necessário realizar uma avaliação completa da saúde geral e da pele, que perde elasticidade com o envelhecimento. Nesses casos, o cirurgião plástico pode recomendar um tipo de prótese ou técnica diferente para obter resultados mais naturais.
Exames Pré-Operatórios
Antes de realizar a cirurgia, é fundamental que a paciente faça exames pré-operatórios para avaliar sua saúde geral e garantir que ela esteja apta para o procedimento. Esses exames incluem exames de sangue, exames cardiológicos e uma avaliação do histórico médico. Além disso, o cirurgião fará uma avaliação estética e discutirá as expectativas do paciente em relação ao procedimento.
Conclusão
A cirurgia de silicone é um procedimento seguro e eficaz para muitas mulheres, mas não é indicada para todas. Pacientes com certas condições de saúde, como doenças autoimunes, problemas cardíacos graves, diabetes descontrolada ou distúrbios de coagulação, podem não ser indicadas para essa cirurgia. Além disso, fatores psicológicos, como transtornos de imagem corporal, também precisam ser considerados para garantir uma decisão consciente e saudável.
Portanto, é essencial consultar um cirurgião plástico qualificado, que realizará uma avaliação completa e ajudará a determinar se a cirurgia de silicone é a opção certa para você. Sempre lembre-se de que a segurança e a saúde devem ser a prioridade ao considerar qualquer procedimento estético.